
A melatonina tem ganhado atenção tanto no campo da medicina como entre o público em geral como uma solução para distúrbios do sono. Este artigo visa fornecer informações abrangentes para profissionais de saúde sobre o uso da melatonina como suplemento, suas indicações e considerações clínicas.
O Papel da Melatonina
A melatonina é uma hormona produzida pela glândula pineal em resposta à escuridão, desempenhando um papel crucial na regulação do ritmo circadiano e na promoção do sono. Em ambientes clínicos, a melatonina é frequentemente considerada para tratar distúrbios do sono, como insónias, jet lag e problemas de sono associados a turnos de trabalho.
Indicações Clínicas
Insónias Primárias e Secundárias: Estudos sugerem que a melatonina pode reduzir o tempo necessário para adormecer e melhorar a qualidade do sono em algumas populações.
Jet Lag: A melatonina é uma opção eficaz para alinhar o ritmo circadiano a novos fusos horários, reduzindo a gravidade dos sintomas de jet lag.
Trabalho por Turnos: Para trabalhadores em turnos noturnos, a melatonina pode ajudar a ajustar o ciclo sono-vigília.
Recomendações de Uso
Dosagem: Habitualmente, doses entre 1 a 5 mg são administradas 30 a 60 minutos antes de deitar. No entanto, a dosagem ideal pode variar dependendo do indivíduo e da condição a ser tratada.
Duração: O uso a curto prazo é geralmente considerado seguro, mas o uso prolongado deve ser monitorizado e ajustado conforme necessário.
Considerações Clínicas
Efeitos Secundários: Embora geralmente bem tolerada, a melatonina pode causar sonolência diurna, tonturas e, ocasionalmente, cefaleias. A avaliação individual é essencial para minimizar os riscos.
Contraindicações: Deve ser usada com cautela em grávidas, lactantes e indivíduos com doenças autoimunes ou depressão. A consulta prévia com um profissional de saúde é fundamental.
Interações Medicamentosas: A melatonina pode interagir com medicamentos anticoagulantes, anticonvulsivantes, medicamentos para a pressão arterial e imunossupressores. Uma revisão detalhada do histórico médico do paciente é necessária para evitar interações adversas.
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